sábado, 8 de julho de 2017

FÉRIAS


FÉRIAS

_ Estou mesmo a precisar de férias.
_ Tu? Estás reformada...estás sempre em férias... 

 
Nem todas as pessoas precisam de mudar de ambiente, 
de cortar com a rotina,
 de  fazer uma pausa no ruído em que se tornou a tertúlia habitual de amigos e conhecidos
 e  lamber as suas próprias feridas sem ouvir os costumeiros comentários que chegam a ser odiosos quando proferidos por quem é politicamente correcto e acha que deve fazer uma boa acção, pelo menos uma vez por dia.
Nem  todas as pessoas precisam de se centrar mais  em si próprios e naquilo que lhes dá mais prazer, porque têm pudor de o dizer.
Nem todas as pessoas têm um entorno familiar que compreenda a necessidade  que  um dos seus membros sente de se evadir para  no regresso  relativizar tudo com mais facilidade e sorrir de forma mais espontânea.
Nem todas as pessoas acham que faz bem à saúde mental distanciar-se, perder-se e reencontrar-se.
Concluindo, para se ter férias é preciso ter coragem.
É preciso sofrer, quebrar barreiras, bater o pé, espernear até que os outros compreendam que se está à beira do abismo...
Então, a qualquer sexagenário, talvez lhe sejam recomendadas "umas Termas" porque tratando o físico, também se trata a mente.
 Eu preciso de férias!
Mais uma vez é preciso ter coragem.
 Eu, mais uma vez,  não tive.

 "Férias", essa palavra tão coloquial, que pode fazer parte da vida de  todos, ou só de alguns, conceito muito pessoal que só cada um pode atribuir o devido significado.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Como o tempo passa...

quinta-feira,14 de Julho de 2016

Mas como me perdi no presente e no futuro?
Realmente o desânimo colou-se-me sem que eu ousasse sacudi-lo
Se eu estivesse perante alguém como eu, dar-lhe-ia sábios conselhos e todos ficariam contentes: o outro e eu.
Ah, já sei. Preciso que precisem de mim. Mas é muito peso para quem está frágil.
Nunca ouvi alguém dizer que sou frágil.
 Até eram capazes de rir de mim.
Gosto mais de dar do que receber . Mas sabe-me bem receber um inexistente abraço...
Tenho vida própria, ou vivo o que os outros me deixam viver?
Decepções, saudades,sonhos feitos à medida do que posso ou poderei fazer são o recheio dos meus dias que pinto com baton e enfeito com trajes que, se calhar, só eu é que gosto.
Já não gosto do que escrevo: é triste, sem esperança, bafiento.
Mas mesmo assim, hoje perante esta folha de papel, abri a ALMA. Já valeu.

domingo, 30 de agosto de 2015

Está quase a finalizar o ano

Refiro-me a ano lectivo, como sabem. 
Julho e Agosto serviram para fazer o corte com o anterior e Setembro está mesmo a chegar, trazendo com ele, sabe-se lá o quê, mas esperança traz com certeza.  
Foi o ano em que mais senti  por que razão chamam a esta estação a "silly season".
Empurrei os dias conforme pude.
Sorri por cada coisa que odiei fazer.
Apelei ao bom senso que a minha idade já deve ter para não disparatar mais do que já faço. 
Fui companheira/cuidadora sem convicção
Adiei o que deveria ter feito, mas não consigo fazer por fazer.
Projectos para 2016, começando por 2015/2016, não tenho, mas sei que me vão aparecer razões para os ter.
É que, sabem, eu ainda sonho. 

sábado, 27 de junho de 2015

As minhas férias

FÉRIAS?

Todos os anos vou com um grupo de amigos/ colegas da UTIL passar uns dias de  férias a qualquer sítio que tenha merecido o nosso consenso.
Este ano decidimo-nos pela Alemanha Romântica, na última semana de Maio, mas problemas graves de saúde com dois amigos meus, provocaram-me um temor pela vida, um repensar  de todas as situações por que passamos, que fiquei meio atordoada durante vários dias.
Mas a vida é assim: altos e baixos; a cabeça levantada ou curvada; indiferença. solidariedade e um agradecimento profundo a Deus , quando tudo, finalmente, corre bem.
Aprende-se sempre qualquer coisa...




domingo, 4 de janeiro de 2015

Felizmente Janeiro!

Incapacidade

Houve  uma altura em que pensei que estava suficientemente solta de tudo, que conseguiria dar o salto de Dezembro para Janeiro, sem passar pelo tormento das festividades.
Ainda tentei que ninguém desse por isso: nem amigos nem familiares.
Mas, qual Prometeu Agrilhoado estava muito presa a tudo o que me rodeava e não consegui dar o salto.
Zanguei-me comigo mesma porque estava a ser demasiado radical. 
Tudo isto para dizer, à laia de desabafo que me fartei de sofrer  de todas as maneiras.
E no dia de Ano Novo tive o funeral de uma cunhada, que lá foi em busca de um mundo melhor, deixando-nos o ar irrespirável com mais uma fatalidade nesta altura do ano.
Segundo o calendário vem aí 2015. Os economistas dizem que vai ser um ano difícil.
Estaremos cá para ver.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014



Um inesperado pequeno lapso

Já estou aposentada há 6 anos.
Nos dois últimos anos que trabalhei, já quase não se falava em colocação de professores.
Parece que estava quase tudo afinado...
Com este ministro, tão crítico dos anteriores, voltou tudo a correr mal.
O dinheiro começou a faltar e, claro, até o que estava a correr bem, passou a correr mal.
Eu saí da escola como Professora Titular. Logo se arrependeram e apagaram os titulares...
Mas criaram os Professores com Horário Zero...
Cortaram no currículo dos alunos...
Mandaram uns milhares de professores para casa, porque deixou de haver crianças...só há velhos, mas por esses não vale a pena fazer nada. Corta-se-lhes a pensão e eles deixam de ser pensionistas, passam a defuntos...
Hoje abri o jornal e "humildemente" reconheciam que se tinham enganado na colocação dos professores.
Mas tudo se vai arranjar porque estamos a tratar com gente séria e se alguém não ficar na Sobreda da Caparica, vai para Albufeira que é muito bom, tem sol e turistas...
Que importância tem isso? Os alunos também nunca ficarão a saber que andam a brincar com eles...
Mas quem nos acode?

Crato reconhece erro, pede "desculpa ao país" e manda refazer listas de colocação de professores





domingo, 7 de setembro de 2014

TIAGO

7 DE SETEMBRO DE 2014

HÁ 40 ANOS ATRÁS, DEBATIA-ME COM UM MISTO DE ALEGRIA E APREENSÃO ENORMES.

IA TER O MEU PRIMEIRO FILHO, MAS CONFESSO QUE ESTAVA TÃO ESCUDADA PELA FAMÍLIA QUE SÓ QUERIA NÃO FAZER FEIO PARA NÃO OS DESILUDIR.

O MEU PAI ESTAVA NA GUERRA, EM ANGOLA, E ISSO TRAZIA-ME SEMPRE EM GRANDE SOBRESSALTO.

FINALMENTE O GRANDE DIA ACONTECEU E TUDO CORREU BEM...
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A MINHA MÃE TEVE CANCRO NAS CORDAS VOCAIS, A MINHA AVÓ MORREU, O MEU PAI VOLTOU...E TUDO PASSOU NA VORAGEM DO TEMPO.


OS GANDES DESGOSTOS FORAM SUPORTADOS DE UMA FORMA MENOS SOFRIDA PORQUE HAVIA ENTRE NÓS UM ANJINHO QUE PRECISAVA DE TODOS E PARA ELE NOS VOLTÁVAMOS, PROCURANDO UM LENITIVO,UM BÁLSAMO QUE ALIVIASSE OS NOSSOS CORAÇÕES.


ASSIM APRENDI O QUE ERA O AMOR DE MÃE. TÃO GRANDE QUE ME SUFOCAVA E ME FAZIA SER UMA MULHER CADA VEZ MAIS FORTE PARA PODER TOMAR BEM CONTA DELE E FAZÊ-LO TER ORGULHO DE MIM, UM DIA QUANDO PERCEBESSE BEM AS COISAS.

DEVIDO À MINHA VIDA PROFISSIONAL, CONTEI SEMPRE COM A INEXCEDÍVEL AJUDA DOS MEUS PAIS QUE FORAM UNS AUTÊNTICOS ANJOS DA GUARDA E É DELES QUE ME LEMBRO MUITO HOJE..

DEDICO-LHES ALGO QUE ADORAVAM OUVIR.